Há um vacuo, onde não deveria estar...
Um silêncio onde não consigo escutar...
Pedaços de mim, ao longo do caminho.
Tenho sofrido e mantido minha promessa...
Tenho amado e me dado a tudo que pedia.
Calejei minhas mãos garipando minhas atitudes...
Olhei a estrada atrás de mim,
e tudo que tinha eram pesadelos e medos...
Promessas, duvídas e divídas mal resolvidas,
comigo mesmo.
Me deixei de lado...
Aliás,deixei eu no caminho bem lá trás.
Meus sapatos,ficaram ali na beira da estrada, quebrados...
As lágrimas que já tive, secaram nesta caminhada sombria.
O vazio, me segue como a morte, que procura sua próxima vítima.
Tenho sede e fome, de amor e carinho...
Perdoei muitas injustiças...
Perdi partes de mim...
E agora não mais me reconheço...
Caminho, porquê?
Em busca do que?
Ando atrás do passado... Que não mais volta...
Ando a caminho de um futuro, sem futuro...
E agora, sem nenhuma fenda tapando minha visão...
Consigo ver...Muito além...
Claramente, o que virei ...
Simplesmente um pó, á beira do caminho...
Sem nome, sobrenome e identidade...
Pois tudo que esta estrada criou, foi isso ...
Ossos empilhados sob um coração petrificado,
que o vento está a levar, para longe...
Fazendo de mim, assim, o completo nada que sempre fui!

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